segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Natal Inesquecível de Luci


O Natal inesquecível de Lucí

Olá, meu nome é Lucí.
Esta é a minha história de Natal.

Quando eu nasci meus pais viviam juntos, mas após um ano de meu nascimento eles se separaram e meu papai foi embora. Desde então fui criada por minha mamãe com muito sacrifício, pois eramos pobres e, às vezes, chegava a faltar até o leite para me alimentar.
Meu papai foi embora porque não aguentava mais aquela vida de miséria em que vivíamos. Apesar de eu e minha mamãe sermos tudo para ele, ele não aguentou e se foi e nunca mais deu notícias.
Passaram-se alguns anos, e minha mamãe teve que deixar a casa onde morávamos, pois não podia pagar o aluguel, e então tivemos que ir morar em outra cidade.
Seis anos se passaram, até que eu comecei a compreender as coisas, pois até então eu era muito pequena e não entendia nada. 
Quando eu perguntava para minha mamãe sobre o meu papai, ela respondia que um dia talvez ele voltasse,  então eu ficava esperando. Durante muitas noites eu ficava em meu quarto olhando pela janela, imaginando como seria bom se ele voltasse. Eu só tinha uma lembrança dele, uma foto que ele deixou antes de ir embora; uma fotografia tirada por uma enfermeira do hospital no dia de meu nascimento, minha mamãe e meu papai juntos comigo no colo.
Passaram-se mais três anos, e nada de meu papai aparecer; eu já estava com 9 anos de idade. Em todos os lugares onde eu ía levava a foto comigo e, na rua, eu ficava observando a multidão para ver se achava o meu papai entre as pessoas. Olhava para cada rosto esperando encontrar aquele mesmo rosto da foto, mas eu não encontrava, nunca encontrava. Então eu me entristecia e chorava, chorava muito. Comecei a pedir a Deus para que se meu papai estivesse vivo trouxesse-o de volta. Passou-se mais um ano, e eu completei dez anos de idade. Minha mamãe fez um bolo e convidou meus coleguinhas da escola para o meu aniversário. Na hora de apagar a velinha, eu fiz um pedido: Pedi o meu papai de volta.
Passaram-se alguns meses e chegou o mês de dezembro, quando se comemora o natal, e eu sempre com aquele desejo em meu coração de encontrar o meu papai. Eu não sei explicar, mas lá no fundo do meu coração eu sabia, tinha certeza que o meu papai estava para chegar a qualquer momento.
No dia 25 de dezembro, dia de Natal, minha mamãe levou-me ao shopping center da cidade. Não tínhamos dinheiro para comprarmos nada, fomos somente para vermos os enfeites, as árvores de Natal e as vitrines das lojas.
Caminhando entre as várias vitrines, cada uma mais linda que a outra, algo me chamou a atenção; vi uma fila de crianças, e lá na frente no começo da fila havia um velhinho de barba branca, vestido de vermelho e touca. Não tive dúvidas de que aquele seria o meu dia de sorte. Meu coração bateu forte, então saí correndo em direção  a um menino que estava na fila, e perguntei-lhe: O que está acontecendo? Ele respondeu-me: Você não sabe?! O Papai Noel está realizando desejos e sonhos, o que você pedir ele dá! Meu coração quase saltou do peito, pois o meu maior desejo era ter o meu papai de volta, já nem pensava nos presentes, pois se o Papai Noel pode realizar desejos ele pode trazer o meu papai de volta. Então entrei na fila, e quando chegou a minha vez o Papai Noel perguntou-me: Pois não criança, o que você deseja receber de presente de Natal? E eu lhe respondi: Papai Noel, é verdade que o senhor realiza sonhos e desejos? E ele, fitando-me nos olhos, respondeu com outra pergunta: 
Qual é o seu desejo, filhinha? Respondi: Meu desejo, Papai Noel, é encontrar o meu papai! E ele respondeu-me: Como é o seu papai? Então eu lhe mostrei a foto; ele olhou, olhou, e de repente seus olhos encheram-se de lágrimas. Logo perguntei-lhe: Papai Noel, o senhor está chorando? Responda, o senhor pode realizar o meu desejo? Então o velhinho levantou-se da cadeira, pegou-me no colo e retirou a sua máscara. Naquele momento vi que aquele homem diante de mim com aquela fantasia de Papai Noel era o mesmo homem da foto do hospital, era o meu papai; sim, era o meu papai, o meu desejo se realizou, o meu sonho, a minha vida, a minha alegria, toda a alegria do mundo invadiu a minha alma, e eu falei: Papai, é você? E ele respondeu-me: Minha filha Lucí, quanto tempo estive a sua procura, como você cresceu, como está bonita! Perdoe-me por tê-la deixado, eu não sabia o que estava fazendo! Após alguns dias de minha partida eu resolvi voltar mas não encontrei mais vocês. Vocês mudaram de casa e, por fim, nos perdemos! Perdoe-me, filhinha! O papai te ama, querida, minha querida, minha vida! Então nos abraçamos profundamente e choramos muito de emoção, de alegria, a maior alegria de toda a minha vida!
Mamãe o perdoou, e logo fomos para casa e vivemos felizes.

Esta foi a história mais linda que eu já vivi em toda a minha vida!
Tive alguns momentos angustiantes, porém o final foi muito feliz!

Jamais perca a sua fé, ela é capaz de materializar-se, de fazer do impossível possível, de trazer a existência coisas que existem somente em nossa imaginação e em nosso coração, ela realiza desejos, sonhos, faz grandes milagres acontecerem.
Acredite nisso de todo o seu coração e entendimento!

Texto baseado em uma história real. 
Autor: Carlos Adriano Santos - Poemas Contos
& Versos

Clique aqui para ouvir o texto

2 comentários:

  1. Nossa!! Linda história..emociona. Carlos meu amigo tem duas coisa que tornam os sonhos em realidades, desejos realizados, FÉ E PERSISTÊNCIA, acredite!! e tudo pode se tornar possível.

    Um grande abraço!!
    Um 2012 repleto de luz e realizações!
    Namastê

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  2. Olá amiga Katia! Muito obrigado minha amiga!
    Realmente, com a fé focalizada em um objetivo, nada pode impedi-la de produzir seus frutos e se tornar real!
    Obrigado pelo carinho de seu comentário!
    Forte abraço querida amiga Katia...
    Carlos Adriano F. Santos (Adriano Gaúcho Poa)

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Carlos Adriano Santos - (Adriano Gaúcho Poa)

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